O câncer de intestino, também conhecido como câncer colorretal, já é um dos mais comuns entre os brasileiros — e, ao contrário do que muitos pensam, pode ser prevenido. O grande desafio está no fato de que a doença costuma se desenvolver de forma silenciosa, sem sintomas claros nas fases iniciais.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer colorretal é o segundo mais frequente no Brasil, tanto em homens quanto em mulheres. Apesar da gravidade, quando detectado precocemente, pode ter mais de 90% de chances de cura.
Entre os sintomas que merecem atenção estão: presença de sangue nas fezes, alteração persistente no hábito intestinal (diarreia ou prisão de ventre), dores abdominais frequentes, sensação de evacuação incompleta, perda de peso sem causa aparente e anemia. Muitas vezes, esses sinais são ignorados ou confundidos com problemas intestinais comuns.
O exame mais eficaz para detectar e prevenir esse tipo de câncer é a colonoscopia, indicada para pessoas a partir dos 45 anos, ou antes, caso haja histórico familiar da doença. Através da colonoscopia, é possível identificar e remover pólipos intestinais antes que eles se tornem malignos.
Além do acompanhamento médico, é essencial manter um estilo de vida saudável: alimentação rica em fibras, consumo reduzido de carnes processadas e gorduras, prática regular de atividade física, não fumar e evitar o consumo excessivo de álcool.
A vergonha ou o medo de procurar um proctologista ainda são barreiras importantes que precisam ser superadas. O cuidado com a saúde intestinal deve ser encarado com naturalidade, responsabilidade e informação.
Como médico proctologista, reforço: o câncer de intestino pode ser prevenido, tratado e curado. Quanto antes for diagnosticado, maiores são as chances de sucesso no tratamento. A conscientização é o primeiro passo para salvar vidas.
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